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domingo, 27 de maio de 2018

Vamos falar sobre série?



Thirteen Reasons Why ganhou uma segunda temporada com estréia em 18 de maio pela Netflix, ansiosa como eu estava quis aproveitar ao máximo esses 13 novos episódios. Terminei a série ontem para ser sincera e depois de digeri-la quis trazer algumas considerações, pois acredito que é interessante debater o assunto.

Todos sabem que a 2ª temporada se inicia com o processo movido pela família Baker contra a escola na qual sua filha Hannah estudava e sofreu bullying de forma maciça e cometeu seu suicídio. Muitos ganchos foram deixados para serem explorados e confesso que estava bem animada para o delinear dessa nova temporada.

Cinco meses se passaram desde o fatídico dia do suicídio de Hannah e enquanto todos tentam levar uma vida normal, vemos o sofrimento de Olivia Baker em perder a filha de forma tão trágica e sua luta por justiça. Essa dor é um pouco nossa enquanto expectador, porque sim cai aquela ficha de “sim, Hannah esta morta”, ao passo que Clay tenta se reconstruir da perda que sofreu pela garota que amou desde sempre.

Quando fotos polairods começam a chegar, dando indícios que o colégio Liberty é mais ameaçador do que se imagina e o julgamento do caso Hannah se inicia a trama ganha novas nuances, dando um ar misterioso e intrigante a trama.


Um dos questionamentos que sempre ficaram seria se a personagem Hannah teria participação nessa segunda temporada e o que muito me agradou foi o fato de sim, Hannah está presente. Ainda é a história dela e ninguém realmente estava pronto para dar adeus a ela. Hannah é um fantasma para Clay, com quem ele interage naturalmente e por meio de flashbacks que contam um pouco mais de quem era na verdade Hannah Baker.

Eu também gostei do fato de que cada depoente no caso trouxe mais sobre Hannah, quem ela era, como ela era, mas não pense que foi de forma romantizada. Afinal, ninguém é a mocinha todo o tempo isso aproximou Hannah de ser uma pessoa de verdade, com falhas, segredos, medos e anseios.
Ao final, é percebível uma reflexão: não foi cortar os pulsos que levou Hannah a morte, não foi a depressão. As pessoas foram as culpadas, todos, absolutamente todos tiveram uma parcela de culpa na morte cruel de uma adolescente. Com sinceridade digo, o suicídio de Hannah é um alerta para nós mesmos, as pessoas julgam, as pessoas acusam sem saber, as pessoas se afastam, se omitem e não oferecem apoio. Todos os dias nos tornamos um pouquinho mais egoístas, menos empáticos, menos preocupados com os outros e mais com o tido “venha nosso”. Todos sabem que podem fazer um pouco mais, entretanto não fazem.


Outro ponto relevante foi dar vez e voz a outros personagens, aos seus próprios problemas e como seriam resolvidos.

Isso deu maior visibilidade e possibilidades de conhecermos cada um dos porquês de Hannah mais a fundo, seus medos, falhas, seus arrependimentos ou não.



Se eu aceitei o final? Não!
Não aceitei, pois queria que as coisas tivessem se delineado de forma mais diferente, mais justa, mas peraí? Não é isso que acontece todos os dias? As injustiças estão ai, mas a série mostra que é preciso lutar contra o sistema, de se expor, de falar sobre.

A sociedade ainda vê com certas desconfianças temas fortes como abuso sexual, suicido, dependência química e afins, é do cotidiano, infelizmente, mas ninguém quer falar sobre, parece que se eu não falar, você não falar, nós não falarmos, pronto! Não existe. Eu tenho comigo de que justamente esses temas deveriam ser mais e mais falados, debatidos a exaustão! 

Se a série te faz passar raiva? Sim! exatamente por não traçar um “felizes para sempre” a série te faz passar raiva, você sabe o que é o certo, mas nem sempre o lado certo ganha, mas isso não quer dizer que você não deva fazer, você tem que fazer exatamente para ter a oportunidade de mudança.

Se a série choca? Sim! Muito, aliás. Sem floreios, com muitos socos na cara e muitas reflexões a série mostra o quanto podemos ser prejudiciais para as pessoas, o quanto necessitamos de ombros amigos e uma incansável coragem de lutar contra um sistema tão opressor. O que aconteceu com Hannah, Jessica, Tyler, suas opressões e abusos, são fatos que acontecem diariamente com jovens ao redor do mundo, eles são um reflexo da sociedade, uma forma de dar voz a tantos outros que se sentem excluídos, feridos, abandonados, desesperançados.

 Como educadora eu me vi muito perturbada pela imagem que o colégio passou: omisso, despreocupado, desatencioso, repulsivo e permissivo. As pessoas precisam ser mais atentas, a escola não pode ser um ambiente de medo e transtorno, atenção e cuidado são necessários em todas as fases da vida.


Eu acredito na existência de uma terceira temporada, talvez por ainda acreditar em uma luz no final do túnel, por acreditar em justiça e, principalmente, quero essas pontas soltas bem amarradinhas! Com um enredo intrigante, chocante e atual, Thirteen Reasons Why conta com boas atuações e uma trilha sonora de primeira categoria, haverá personagens que ganharão seu coração outros você mesmo vai querer mandar pro inferno, mas é uma boa série.

terça-feira, 22 de maio de 2018

A saga está de volta ► Outlander 6

sobre a série: http://www.editoraarqueiro.com.br/proximos-lancamentos/outlander-um-sopro-de-neve-e-cinzas/

sábado, 19 de maio de 2018

Resenha Nada Escapa a Lady Whistledown



Nada Escapa a Lady Whistledown
Lady Whistledown # 2
Julia Quinn, Suzanne Enoch, Karen Hawkins, Mia Ryan
Arqueiro, 2018

Sinopse: Em Nada Escapa a Lady Whistledown, a cronista eternizada por Julia Quinn continua a revelar os acontecimentos mais apimentados da temporada londrina. Suas colunas são o fio condutor das quatro histórias que formam esta encantadora e divertida coletânea.
Há tanto a ser dito sobre o baile oferecido por lady Trowbridge, em Hampstead, que esta autora não teria como contar tudo em só uma coluna...
Crônicas da sociedade de lady Whistledown, maio de 1813

Ah, minha querida lady Whistledown, que saudades grandiosas da senhorita e de suas fofocas! E dessa vez a senhorita veio ainda mais loquaz e observadora, cheia de novidades arrebatadoras!
Sem brincadeiras, eu demorei um teço para resenhar esse livro, nada do que eu escrevesse chegaria aos pés do meu sentimento pelas histórias narradas, apesar de curtinhas, as quatro histórias são marcantes e profundamente divertidas e românticas.

Suzanne Enoch fascina...

Sinopse: Um futuro noivo fica sabendo que o comportamento escandaloso de sua bela prometida foi parar na coluna de lady Whistledown e volta correndo para Londres com o intuito de ganhar o coração da moça de uma vez por todas.

Essa é a primeira história que conhecemos, sob o titulo de “Um amor verdadeiro”, Enoch delineia um romance explosivo, com dois geniosos personagens. Quando as andanças pouco decorosas de Anne Bishop chagam aos ouvidos do seu prometido de infância pelas palavras menos decorosas ainda da maior fofoqueira de Londres, Lorde Halfurst sabe que é hora de agir se não quiser perder a noiva.

Maximilian é o clássico machista, o senhor lorde magia só se deu conta do prejuízo de largar uma noiva jovem, bonita e atrativa zanzando livremente por Londres quando quase a perde e como todo bom brucutu chega chegando, querendo fazer estardalhaço e tomar Anne como se fosse um brinquedinho. Pena que ele não esperava que sua noiva fosse tão voluntariosa, geniosa e maravilhosa da coisa toda, Brasil!

“Ou talvez só o pedido não seja suficiente. A final, de que serve um pedido de casamento sem a resposta adequada “sim”?”. p.74


 Eu sinto muita saudade dos livros da Suzanne Enoch, além de uma eximia contadora de histórias o que mais me encanta nela é a imprevisibilidade do enredo. A autora dificilmente segue o que seria uma convenção e esta sempre tendo enredos diferentes. Tomem base por esse, numa sociedade londrina tão convencional ela criou uma personagem como Anne, que sabe que é jovem, bonita e que tem a vontade de conhecer mais do que lhe é permitido pelas convenções, pelos compromissos formados no berço e se Max é voluntarioso ela é o dobro. Delicioso ver as confusões e suspirar com esse romance.

Karen Hawkins seduz...
Sinopse: Um conhecido libertino tem sua amizade mais antiga e seu coração postos à prova quando uma adorável dama se encanta por outro cavalheiro.

Posso ser poligâmica e dizer que também amei esse enredo? Que as demais autoras não me ouçam jamais nem os três demais casais saibam, mas Elizabeth, Liza, e Royce são meus preferidos! Pronto, falei!!!!

Liza é única, ela é tudo aquilo que eu gostaria de ser! Ela é espontânea, fala o que pensa, usa o que gosta, é extravagante. Apesar das inúmeras qualidades, Liza é uma solteirona, claro que houveram propostas de casamento, mas nenhuma delas a altura da aceitação de Royce, seu melhor amigo.
Ah, aquelas histórias de amizades que escondem verdadeiros sentimentos, como eu gosto e obviamente é delicioso ver o senhor garanhão Royce caindo do cavalo quando descobre seus sentimentos por Liza e tem que correr atrás do prejuízo para não perder a mulher que ele sempre amou, mas nem desconfiava! 


“Tudo o que sabia ao certo era que a amava e não saberia viver sem ela.” p.169


É claramente uma daquelas história de fazer suspirar e encantar, juro que ri bastante e suspirei o dobro que ri coma  trama, não queria que acabasse e já estou com saudades, pode pedir uma outra história desse casal encantador?

Mia Ryan delicia...
Sinopse: Uma jovem é despejada da própria casa por um detestável – embora charmoso – marquês que pretende tomar posse não apenas do imóvel, mas também de sua antiga moradora.

Talvez o mais carregado de drama de todos os contos, a história conta a trajetória de Linney, uma jovem que viu seu mundo virar de ponta cabeça quando foi despejada de sua casa por um terrível e maldoso parente afastado.

Mas e se o tal parente não for tão malvado? E se ele tiver um sorriso encantador e uma linda covinha?


“Quem diria que alguém poderia se sentir tão aquecida quando o mundo ao redor congelava?” p. 201


Terrance não esperava se encantar justamente por Linney, mas justamente é o que acontece e apesar de não saber lidar muito bem com as palavras, ele vai ter que aprender se quiser cativar a tal dama...
O que me encantou nesse livro foi justamente o final, mesmo que se a trama como um todo não valesse a pena (o que esta longe de acontecer), teria sido valiosa apenas pelo final, arrebatador, romântico e completamente surpreendente foi a cereja do bolo para uma trama tão vivaz.
Vale muito a pena ser lido, vivido e adorado!

Julia Quinn encanta...
Sinopse: A alta sociedade está em polvorosa, afinal a debutante mais promissora da temporada foi rejeitada por seu pretendente... apenas para ser conquistada em seguida pelo charmoso irmão mais velho do canalha que não a quis.

36 cartões de amor, olha só o titulo desse conto, você já não se sente arrebatada de amor, querida leitora? Susannah viu sua trágica história de amor ser delineada mensalmente, fato a fato na coluna de lady Whistledown, o que parecia promissor relacionamento se tornou a pior tortura para uma jovem inglesa do século XIX, Susannah viu seu então pretendente Clive noivar e desposar outra mulher, tornando-se a chacota da temporada. Confesso, senti a dor de Susannah e de cara me afeiçoei a ela.
A essa senhorita tão bela o destino sorriu quando o conde de Renminster, o irmão mais velho de seu antigo pretende começa a lhe dar atenções diferenciadas...

Quem olha David Mann-Formsby, detentor do condado e de uma grandiosa fortuna não imagina o homem por trás da fachada austera e apesar de inicialmente ter tido minhas reservas com o mesmo, não posso negar que cai de amores por ele, mais rápido que Susannah devo admitir.

David ao concordou com as atitudes imaturas do irmão, brincar com os sentimentos de uma pessoa, mas depois de conhecer Susannah ele até que ficou contente, afinal o caminho estava livre... para ele


“Ele a beijou até ela achar que desmaiaria de desejo. Ele a beijou até ela achar que desmaiaria de falta de ar. Ele a beijou até que ela não conseguisse pensar em nada além dele, não conseguisse ver nada além do rosto dele em sua mente, e até que não quisesse mais nada além do sabor dele em seus lábios...para sempre.” p. 271


Não sei se por justamente ter sentido a dor de Susannah em ser rejeitada e humilhada que fiquei tão ligada a essa história e cada vez mais encantada a cada página, de certa forma fui surpreendida pela história criada por Julia Quinn, de uma maneira muito única a autora conseguiu transmitir a força e ao mesmo tempo a singeleza de um amor surgindo!

Como vocês podem ver, as quatro histórias são magníficas e o legal é que as quatro autoras conseguiram dar fluidez as tramas, criando elos de ligações entre elas que encantam o leitor, apesar de serem quatro histórias distintas, cada uma com seu começo, meio e final você pode facilmente ter a impressão que esta lendo um livro único cheio de romance e boas histórias, tem movimento, tem vida, tem encantamento. Cada um com sua beleza, mas todos verdadeiramente contos de fadas escritos pelas autoras, mas com uma assinatura especial de Lady Whistledown.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Mais forte que o sol, de Julia Quinn está chegando!


Oi gente,  mais uma divulgação de aquecer o coração! Julia Quinn esta de volta! Dessa vez, a diva dos romances de época traz a sequência aguardada e aclamada, sua duologia será finalizada nesse mês com o lançamento de “Mais forte que o sol”


Para quem não conhece fica a sinopse:

Sinopse: Quando Charles Wycombe, o irresistível conde de Billington, cai de uma árvore – literalmente aos pés de Elllie Lyndon –, nenhum dos dois suspeita que esse encontro atrapalhado possa acabar em casamento.
Mas o conde precisa se casar antes de completar 30 anos, do contrário perderá sua fortuna. Ellie, por sua vez, tem que arranjar um marido ou a noiva intrometida e detestável de seu pai escolherá qualquer um para ela. Por isso o moço alto, bonito e galanteador que surge aparentemente do nada em sua vida parece ter caído do céu.
Charles e Ellie se entregam, então, a um casamento de conveniência, ela determinada a manter a independência e ele a continuar, na prática, como um homem solteiro.
No entanto, a química entre os dois é avassaladora e, enquanto um beijo leva a outro, a dupla improvável descobre que seu casamento não foi tão inconveniente assim, afinal...


Acho que já deu para dar uma ligeira apaixonada. Então, segue um trechinho



Em breve haverá resenha, por enquanto, conheça um pouco mais sobre a trama antecessora clicando AQUI e conferindo a minha resenha de “Mais lindo que a lua”