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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Resenha Meu Anjo




Meu Anjo
Primeiros Sucessos Ed. 39
Sherryl Woods
Harlequin, 2013
Sinopse: Inesperadamente ele começou a acreditar em anjos…
Heather Reed achou que fizera a coisa certa quando decidiu criar sozinha sua filha Angel. Três anos depois, percebeu que precisava de ajuda. Sua carreira como atriz havia estagnado… Cuidar de Angel era muito trabalho para uma mulher sozinha! Hora de procurar o pai da criança…O único problema é que ele nem sonhava que tinha uma filha! Todd Winston fica surpreso ao encontrar Heather, sua ex-namorada, em Whispering Wind, mas a perplexidade aumenta quando vê um par de olhinhos angelicais de uma menina que é claramente sua filha. Ainda que ele se recuse a deixar Angel entrar em sua vida, Heather está determinada a não ir embora sem descobrir o motivo. E a pergunta que fica no ar é: será muito tarde para formarem uma família?


“Ele tinha sido muito bom em esconder qualquer evidencia que a desejava.” p. 167


Heather e Todd por muito tempo foram um só, um casal harmonioso que almejavam as mesmas coisas, entretanto quando o senso de responsabilidade de Todd falou mais alto que a os sonhos, Heather não pode suportar, colocando um ponto final em tudo o que existia entre eles levando em seu ventre a filha que ele nunca sequer soube a existência.

Só que ela percebeu que cuidar de uma criança tão agitada como Angel não seria fácil, afinal a pequena além de exigente tornava ainda mais extenuante a vida de uma atriz lutando por ascensão. Estava na hora de procurar Todd e fazê-lo assumir sua responsabilidade.

Nessa hora realmente tive muita raiva de Heather, a forma como me transpareceu que a mesma estava procurando um lugar para despejar Angel e tomar um ar, como se cuidar da menina fosse uma obrigação que ela não quisesse mais, tipo, já que Angel não é uma boneca que se coloca em um armário porque não despejá-la com seu responsável mais próximo?

Todd tem dois choques: reencontrar Heather e se reencontrar nos olhos da pequena Angel, ele não quer uma criança! Não quer se responsabilizar por outro ser, tudo o que a mãe da pequena não está disposta a permitir.

A trama é longa, são mais 300 páginas de história, com personagens secundários também importantes para a concretude do enredo, no começo me senti bem incomodada com Heather, mas depois fui sendo conquistada por seu nível de sinceridade e espontaneidade, de uma aventureira eu passei a vê-la como uma mãe e mulher lutando pelo pai de sua filha e pelo homem que ama.

Todd é que me surpreendeu, sua reluta inicial em assumir sua filha no sentido de estar presente na vida da menina traz um trauma da juventude que o marcou tão profundamente, mas a pequena Angel, alheia a tudo isso, não está disposta a abrir mão de um novo amigo.

No final, Sherryl mais uma vez conquista, a trama que tinha tudo para me fazer odiar a personagem principal deu uma virada impressionante! Me vi conquistada e página à página torcendo não só por Todd e Angel, mas pela própria Heather. Em suma, Meu Anjo traz a trama de superação, amor e compromisso que conquistam, pois é uma história que mesmo com os altos e baixos todos gostariam de viver também, porque um amor tão bonito e verdadeiro inspira.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Resenha Querida Sue




Querida Sue
Jessica Brockmole
Arqueiro, 2014

Sinopse: Março, 1912: A jovem poeta Elspeth Dunn nunca viu o mundo além de sua casa, localizada na remota ilha de Skye, noroeste da Escócia. Por isso, não é de espantar a sua surpresa quando recebe uma carta de um estudante
universitário chamado David Graham, que mora na distante América. O contato do fã dá início a um intercâmbio de cartas onde os dois revelam seus medos, segredos, esperanças e confidências, desencadeando uma amizade que rapidamente se transforma em amor. Porém, a Primeira Guerra Mundial força David a lutar pelo seu país, e Elspeth não pode fazer nada além de torcer pela sobrevivência de seu grande amor.
Junho, 1940, começo da Segunda Guerra Mundial: Margaret, filha de Elspeth, está apaixonada por um piloto da Força Aérea Britânica. Sua mãe a alerta sobre os perigos de um amor em tempos de guerra, um conselho que Margaret não quer ouvir. No entanto, uma bomba atinge a
casa de Elspeth e acerta em cheio a parede secreta onde estavam as cartas de amor de David.
Com sua mãe desaparecida, Margaret tem como única pista do paradeiro de Elspeth uma carta que não foi destruída pelas bombas. Agora, a busca por sua mãe fará com que Margaret conheça segredos de família escondidos há décadas.
Querida Sue é uma história envolvente contada em cartas. Com uma escrita sensível e cheia de detalhes de épocas que já se foram, Jessica Brockmole se revela uma nova e impressionante voz no mundo literário.

Querida Sue é um livro que mexeu comigo de uma forma diferente, ele trata daquele amor que te marca para o resto da vida, daquele que chega sem pretensão, mas que faz todo o seu mundo ter uma órbita certa.


“[...] desde que o correio me trouxe uma carta de um americano atrevido, num dia chuvoso de primavera, há quatro anos e meio, nunca mais estive sozinha. Amo você.” p. 184


Em 1912 Elspeth era uma jovem poetisa idealista que trocava cartas com um admirador americano, a amizade surgida nas cartas foi o palco para o inicio de uma história de amor, confidencias, sentimentos e anseios foram trocados, assim como juras de eternidade.

Em 1940 conhecemos uma nova Elspeth, mais fechada em si mesma e com um que de melancolia que a filha Margaret nunca conseguiu decifrar. Com o estouro da Segunda Guerra e com o desenrolar da paixão entre Margaret e Paul, que tem tanta semelhança com o passado Elspeth percebe que o passado e o presente se encontraram, mas não esta disposta a aceitar que a filha tenha o mesmo destino que ela e cabe a Margaret finalmente conhecer quem é sua mãe por meio de cartas encontradas endereçadas a uma tal Sue vindas de um tal David e é ai que a mais linda história de amor que você já leu realmente começa.


“Uma vez, faz muito tempo, eu me apaixonei. Um amor inesperado, estonteante. Que eu não quis deixar partir. O nome dele era David, e sua alma desabrochava beleza. Ele me chamava de “Sue” e me escrevia cartas, emoções registradas nas páginas a cada toque do lápis. Quando ele escrevia, eu não me sentia tão só na minha pequena ilha.” p. 103


A trama é incrível, capítulos alternados entre as duas personagens centrais que são tão semelhantes e tão divergentes e totalmente narrado por meio de cartas que recontam o passado e escrevem o presente. É incrível como Jessica Brockmole consegue com maestria envolver o leitor em um cenário de guerra sem perder a beleza do amor, contando para além da dor e da destruição o poder do amor, dessa fé inabalável nesse sentimento.

Elspeth é uma das personagens que inspira muita curiosidade, a cada descoberta de Margaret uma nova faceta dessa mulher foi descoberta, por outro lado temos sua jovem filha tão forte quanto ela própria, disposta a ir até o fim para enfim conhecer a mulher a quem chama de mãe. Meu maior arrependimento é ter demorado tanto para ler, pois já faz tempo que tenho o livro e apesar da curiosidade acerca da história nunca o tinha pegado para ler. 

Personagens cativantes, uma boa fonte, uma excelente revisão, um trabalho de capa incrível, realmente não há pontos negativos, apenas elogios a uma trama que conquista pela singeleza de trazer a tona um sentimento tão puro quanto o amor, mas é um amor que supera todas as adversidades, o tempo, à distância, a inconstância, movidos pela casualidade, pela ansiedade, pela necessidade de ser real, de ter um final feliz.
Com certeza comecei 2017 com o pé direito, uma ótima leitura para carimbar e ajudar a fechar janeiro com chave de ouro. Sinceramente, a autora ganhou mais uma fã, anseio por novos livros dela por aqui.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Resenha Elena - A Filha da Princesa




Elena
A Filha da Princesa
Simplesmente Ana # 3
Marina Carvalho
Galera Record, 2015

Sinopse: Este não é um conto de fadas comum. Sim, existe uma princesa. Não uma donzela, mas uma jovem moderna, preocupada com os problemas de seu tempo. Há também um príncipe. Só não espere que ele seja um perfeito cavalheiro. Afinal, uma pitada de bad boy nunca fez mal a nenhum herói.
Elena, filha da princesa Ana — a brasileira que se tornou herdeira do trono da Krósvia —, já não é mais a menininha apaixonada pelo primo Luka, com quem deu o primeiro beijo aos 13 anos. Cresceu, namorou, viajou o mundo. Mas uma notícia surpreendente a faz voltar para casa... justamente quando obrigações familiares também exigem a presença de Luka.
O reencontro é explosivo. Luka não estava preparado para adulta que a prima tímida se tornou. Uma mulher que sabe muito bem o quer. E quem quer.

Elena é uma princesa de 19 anos, com muita energia e sempre esta envolvida em causas humanitárias que a afastam de Krósvia, mas uma necessidade faz com que ela tenha que voltar as pressas para o castelo e enfrentar a vida da família real.

A Krósvia que Elena conhecia já não é a mesma, o povo esta insatisfeito, sua vida familiar esta de pernas para o ar e para ajudar eis que Luka reaparece.

Luka é filho de Marieva, tia de Ana, o que faz dele um primo de segundo grau de Elena, o cara sempre foi a ovelha negra da família, daqueles de chegar e causar mesmo. Luka já fez muita burrada, magoou muitas pessoas que amavam e infringiu diversos limites.

Elena sempre teve aquela quedinha pelo primo mais velho e Luka tem aquele ar proibido que chama ainda mais a atenção, ele gosta do fato de conseguir tirá-la do sério e convenhamos, ela também gosta de estar perto (boba nem nada).

Temos ainda a participação de personagens tão cativantes anteriormente como a própria Ana, Alex (mais ciumento que nunca) e toda a turma real de Krósvia.

Elena, a filha da princesa, narra à história de uma nova princesa, com outros tantos desafios que igual a mãe tem que viver as aventuras e desventuras de viver como membro da monarquia e ao mesmo tempo entender o que se passa em seu coração. Luka foi um personagem para o qual torci o nariz do começo ao fim, isso porque eu não consegui mesmo entendê-lo a ponto de compreendê-lo e também perdoá-lo, para mim ele ainda esta em redenção, ele não a ganhou.

Uma coisa que não gostei mesmo foi a capa, a posição da modelo esta estranha demais, se ela estivesse em outra pose com esse fundo do castelo e floral ia ser lindo. É um incomodo bobo, mas é um incomodo. Sobre a revisão e diagramação interna estão perfeitas, as páginas amareladas confortáveis para a leitura, juntamente com uma fonte agradável e sem erros que corrompam a leitura. A trama é fluida e Marina mais uma vez encantou com um conto de fadas moderno e atual, apesar de minha não simpatia com Luka devo assumir que em alguns momentos ele me arrebatou e talvez com mais páginas eu teria terminado o livro com um sorriso escancarado à ele.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Resenha Quero Ser Seu




Quero Ser Seu
De amigos a amantes, um desejo guardado por tantos anos não pode mais ser contido...
Os Sullivans # 06
Bella Andre
Novo Conceito, 2013
Sinopse: Ryan Sullivan sempre gostou muito de Vicki, a quem conheceu na adolescência, quando ela lhe salvou a vida: no estacionamento da escola, um carro desgovernado só não o atropelou porque Vicki o empurrou para longe. Desde então, eles se tornaram melhores amigos — pelo menos, melhores amigos até onde um homem e uma mulher lindos e sedutores conseguem ser...
O tempo passou, Vicki casou-se e se separou, e Ryan seguiu sua vida de solteiro. Até o dia em que Vicki pediu-lhe um favor: será que Ryan poderia fazer as vezes de seu namorado para afastá-la de um homem mal-intencionado e pegajoso?
Ryan não negaria esse favor a sua amiga, de forma alguma... Não só pelo carinho que nutre por ela, mas também por uma característica de sua personalidade: Ryan faz o tipo protetor (o tipo de homem com que toda mulher sonha em algum momento da vida).
Agora, depois de brincarem de namorados, será que os dois conseguirão manter a amizade de sempre?

Ah que saudade dos Sullivans! Eita família boa demais, gente! E recomeço a ler a série logo no livro que mais esperei para ler. Quero ser seu narra à história de dois amigos de infância, que viveram inúmeras experiências de companheirismo e que nem o tempo, nem a distancia conseguiram apagar a lembrança e a amizade que cultivam.

Ryan Sullivan sempre teve uma queda pela menina tímida com um desejo incrível de ser escultora. Ela tinha a capacidade de colocar o mundo dele em orbita, ou tirá-lo com um simples sorriso, mas Vicki sempre o viu como o amigo protetor.

Vicki, por sua vez, nunca entendeu bem o que o popular Ryan Sullivan viu nela, mas sempre gostou de seu lado protetor e afetivo, mas quem seria ela na fila do pão do bonitão do colégio? Ela nunca chegaria as beldades que o cercavam. Anos depois e muitos desencontros levaram Vicki e Ryan a fingir um namoro para protegê-la, mas essa mentirinha com fundo de verdade pode ganhar proporções épicas.

Eu gosto de livros em que a amizade vai dando lugar ao amor, creio esse é o mais bonito dos relacionamentos, pois é quando as pessoas realmente conhecem alguém, compartilham segredos, situações e criam um passado compartilhado cheio de lembranças. No caso do nosso casal o medo de estragar essa bonita amizade falou mais alto por muito tempo, calando os sentimentos, mas a recente convivência derruba um a um esses muros de insegurança.


“Ryan sabia que nunca passaria disso para ela. Um amigo. Mas isso era muito frustrante, principalmente depois que o beijo confirmara tudo o que ele sempre imaginara se ela permitisse que fosse mais do que um amigo.”


Bella escreveu uma história sensual, a carga de tensão que a trama carrega é palpável, ambos personagens estão naquela sinuca entre o querer e o arriscar, então cada passo, caricia, beijo é um presente, como um fogo perto de dinamite. O leitor fica nesse mesmo anseio, para que as coisas se ajeitem logo, para que os dois dêem o primeiro beijo.


“Mostraria a ela como ela era perfeita... caricia por caricia, beijo por beijo.”
“E assim seria até ela creditar”. p. 173


A autora também cria em seu enredo situações problemas para serem discutidas, como assédio profissional, términos e as possibilidades de recomeço, mostrando assim que a autora é muito mais do que apenas uma escritora de romances sensuais. Nesse livro não temos tantas aparições dos irmãos anteriores, mas temos uma maior participação de Smith, que será o próximo Sullivan a ganhar a sua história de amor.

É sempre bom frisar que cada livro é independente, mas quem é fã assim como eu vai querer ler na sequência, bonitinho. Para finalizar, gostaria de deixar o meu contentamento geral sobre a trama, Bella mais uma vez me surpreendeu com um enredo romântico e atrativo, mostrando os encontros e desencontros de uma paixão deliciosa de acompanhar.